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Baixa Pombalina
Esta é a mais movimentada e maior zona
de comércio de Lisboa, onde os modelos mais antigos e os mais recentes (de
todos os negócios e ofícios) dão as mãos numa harmoniosa cumplicidade.
Na Baixa encontramos duas importantes
praças: a Praça do Rossio e a Praça da Figueira.
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Praça do Rossio
Esta praça foi
dedicada a D. Afonso IV, por isso também ser conhecida por Praça D. Afonso IV.
É uma magnífica praça
que exibe ao centro a estátua de D. Pedro IV composta por quatro figuras
femininas que representam a Sabedoria, a Força, a Justiça e a Temperança, qualidades atribuídas a D. Pedro.
Foto Wikipédia: Praça do Rossio
. Estação de
comboios
Foto Wikipédia: Estação de comboios do Rossio
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Teatro Nacional D. Maria II
O Teatro
Nacional começou a funcionar em 1836, embora a sua inauguração só tenha
decorrido em 1847.
Foto: Teatro
Nacional D. Maria II
Bem próximo do Teatro D. Maria encontra-se
a Pastelaria Suíça que é uma das mais antigas e conceituadas da cidade. Fundada
em 1922 foi premiada em 1956 com o Diploma de Honra e Medalha de Ouro na
Primeira Exposição Nacional de Confeitaria. Se pretender descansar pode
sentar-se na esplanada e deliciar-se com as ótimas iguarias que lhe serão
apresentadas.
Em alternativa poderá degustar as
tradicionais castanhas assadas vendidas na rua! Mas o passeio só ficará
completo quando se dirigir ao Largo de S. Domingos, nº 8- a casa “A Ginjinha do
Rossio” e tomar uma deliciosa ginjinha: um licor típico do nosso país, feito
com ginjas, desde o séc. XVIII. Aí ouvirá da voz dos clientes: “quero uma com
elas” ou “eu sem elas”.
Verá que, imediatamente, serão
colocados em cima do balcão (toma-se de pé) dois pequenos copos de vidro que
vão ser cheios com um líquido vermelho escuro e, de repente,
saltarão para dentro do copo de um dos clientes, duas ginjas e para o copo do
outro, nenhuma. Está servido o licor de ginja, a ginjinha, com elas e sem elas,
ou seja, com ginja e sem ginja.
Prove!
Foto: autor não identificado
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Praça da Figueira
Trata-se de uma praça animada por cafés, lojas, hotéis e
restaurantes com agradáveis esplanadas.
No centro encontra-se a estátua equestre de D. João I, em
bronze que data de 1971. Como curiosidade assinalo a existência
permanente de centenas de pombos que já fazem parte da paisagem!
Foto Wikipédia: Praça da Figueira
Neste enquadramento sobressaem as colinas onde se localiza o Castelo de
S. Jorge de um lado e o Convento do Carmo do outro.
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Convento do
Carmo
O Convento do Carmo, de arquitetura gótica (1383) fica situado no Largo
do Carmo, numa colina em frente ao Castelo de S. Jorge. Em frente ao Convento fica o Chafariz
do Carmo (séc. XVIII) decorado com quatro golfinhos.
Curiosidade: em 1836 uma parte do Convento foi convertida
em instalações militares - Quartel do Carmo e em 1974, no dia da Revolução dos
Cravos, foi aí que o Presidente do Conselho do Estado Novo, Marcelo Caetano, se
refugiou da revolta organizada pelos Capitães de Abril.
Foto
wikipédia: Convento do Carmo
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Castelo de S. Jorge
O Castelo de
S. Jorge situa-se na mais alta colina do centro histórico de Lisboa,
proporcionando uma das mais belas vistas sobre a cidade e o Rio Tejo.
Monumento Nacional foi construído pelos
muçulmanos em meados do século XI. No séc. XIII foi transformado em paço real
pelos reis de Portugal e, ao longo dos séc. XIV, XV e XVI, foi local de festas
para homenagear altas individualidades tanto nacionais como estrangeiras
servindo mesmo de palco para aclamação de Reis.
Entre 1580 e o início
do séc. XX, toda a área do monumento estava ocupada por quartéis.
Em 1938-40 com as
grandes obras de restauro e, posteriormente (no final de séc. XX) com as
investigações arqueológicas o castelo readquire a sua imponência, o seu enorme
valor histórico. É reaberto aos cidadãos e o Castelo é classificado como
Monumento Nacional (1910).
Curiosidade:
foi pelo Castelo que o primeiro Rei de Portugal conquistou Lisboa.
Foto Wikipédia: Castelo de S. Jorge
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Casa do fado e
da Guitarra Portuguesa
Também conhecido como Museu do Fado
este empreendimento é dedicado a mostrar um pouco da História do nosso Fado e
apresentar algumas das suas figuras mais relevantes. Tem 8000 mil peças ligadas
ao Fado. Aí se encontra, também, um centro de documentação, um auditório, uma
loja temática e um espaço dedicado a exposições temporárias.
Foto Wikipédia:
Museu do Fado
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Bairro de
Alfama
Alfama tem uma
arquitetura típica de cidade árabe medieval: as suas ruas são labirínticas,
estreitas, ora a subir ora a descer, velhas de calçada à portuguesa. As casas
com flores nas varandas, roupa estendida. Pelas ruas: artistas, pequenas lojas,
miradouro e as imperdíveis casas de Fado (o fado é um modo de cantar
tipicamente português, único no mundo, acompanhado pelo som da guitarra e
considerado Património Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO).
No dia 13 de
junho há enorme animação pois são as festas dos Santos Populares.
Foto Wikipédia: Alfama
· O
Bairro da Mouraria
A Mouraria
fica na encosta norte do Castelo de São Jorge. É um dos Bairros mais típicos e
mais pacíficos de Lisboa.
O seu nome advém do facto de ter sido, neste local, que permaneceram os mouros após
a Reconquista Cristã. Consta que a Mouraria foi o berço do Fado. Foi aqui
também que Mariza, a fadista portuguesa mais internacional da atualidade
nasceu, cresceu e aprendeu a cantar o fado, no restaurante Zalala.
A
Mouraria é um espaço multicultural onde se cruzam gentes de diferentes países,
devido à existência de uma forte comunidade de emigrantes oriundos da Índia,
China, África e do Leste da Europa. Devido ao caráter do povo português-
pacífico e hospitaleiro- esta mistura de culturas, costumes e saberes coabita
pacificamente e mantêm-se, bem vivas, as nossas tradições populares: casas de
fado, tabernas, bares, coletividades culturais, grandes e animadas festas
populares (bailes, teatros, concertos e muito mais…) que se realizam em julho
nos largos da Achada, Rosa, Intendente e Severa.
Foto Wikipédia: Mouraria
· Feira
da Ladra
A Feira da
Ladra é uma feira popular de rua que atrai
inúmeros vendedores e compradores onde se vende toda a espécie de objetos sem
se questionar a sua proveniência. Teve início no séc. XIII, mudou de lugar por
diversas vezes e, atualmente, realiza-se no Campo de Santa Clara, todas as
terças e sábados com início de manhã prolongando-se até ao fim da tarde.
De
uma forma algo caótica encontra-se um pouco de tudo.
Foto Wikipédia - Feira da Ladra
· Panteão Nacional
É uma monumental igreja em estilo barroco, com planta em
cruz grega (os quatro braços do mesmo tamanho). A sua construção demorou 400
anos para ser terminada. Na sua arquitetura ressalta a magnífica cúpula branca
e a decoração com mármores coloridos. Para desfrutar de uma deslumbrante vista
sobre Lisboa e o Tejo pode subir-se, por escadas ou por elevador, até ao
terraço da cúpula. É aqui que estão sepultadas as mais altas individualidades
do país.
Foto: Panteão
· Casa dos Bicos
Esta curiosa casa quinhentista pertenceu a Afonso de
Albuquerque, filho do grande capitão das naus da Índia.
A sua principal originalidade consiste na fachada virada
para o Tejo, talhada em ponta de diamante, ou bicos, em que as influências
italianas se aliam a elementos caraterísticos do estilo manuelino.
Fortemente danificada pelo terramoto de 1755, os dois
andares superiores foram reconstruídos em 1981 e nessas obras foram postos a
descoberto vestígios arqueológicos, tanques romanos (cetárias) de base
quadrangular, destinados à salga e conserva de peixes e um troço
importante da muralha fernandina.
Atualmente, é a sede da Fundação José Saramago,
Nobel da Literatura. De referir, a oliveira que marca o local onde estão
depositadas as suas cinzas, por sua vontade.
Foto: Casa dos Bicos
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A
Estação de Santa Apolónia
É daqui que partem comboios para todos os destinos
internacionais e para o Norte de Portugal. O edifício (1865) situado à beira
rio apresenta uma fachada em estilo neoclássico.
Foto:
Estação se Santa Apolónia
· Docas
As Docas de Lisboa são um enorme e maravilhoso espaço à beira do
Rio Tejo. Atualmente, a par de todas as atividades ligadas ao mar, de que
destaco o vai e vem de grandes barcos de recreio com turista que vêm visitar
Portugal, as Docas são um dos principais locais de animação da cidade tanto
diurna como noturna.
Ao longo do percurso são muitos os restaurantes, bares,
esplanadas e discotecas onde se pode degustar tanto a gastronomia nacional como
internacional e passar momentos tranquilos de lazer, ou uma animação bem
“frenética”, nas discotecas e bares, tendo como pano de fundo uma vista
maravilhosa sobre o Tejo e a margem Sul da cidade.
Até breve com o roteiro para outra zona de Lisboa: Terreiro do Paço, Chiado, Bairro Alto, Príncipe Real
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